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JORNAL
“A TOCA DA ONÇA”
Rincão dos Marques / Canguçu - RS/ Outubro de 2016
EDIÇÃO ESPECIAL - 30ª Ciranda Estudantil Nativista
EDITORIAL
É com imensa satisfação que estamos lançando uma edição especial do nosso jornal. Nela, teremos o prazer de contar a você, leitor, um pouco sobre a criação do nosso jornal e de como ele vem ajudando nossos alunos a desenvolverem o gosto pela leitura e a se expressarem através da escrita. Estamos completando dois anos da implementação desse projeto, que nos enche de orgulho e que tem sido referência para outros trabalhos na área da educação. Aqui, você também acompanhará um resumo do que nossos alunos vão apresentar na 30ª CIENA.
Boa leitura!!!
DOIS ANOS DE “A TOCA DA ONÇA”
O jornal “A toca da onça” nasceu em 2014, com a implementação do projeto “Multiplicando Saberes e Pensamentos” em nossa escola. Nosso folhetim é produzido pelos nossos alunos que se aventuram pelos mais diversos gêneros textuais e nele fazem o registro das inúmeras atividades que realizam no cotidiano escolar. Sabemos que o trabalho com jornal não é pioneiro e atribuímos o sucesso do nosso folhetim ao fato de ele dar voz à comunidade Gonçalves Dias, que se sente valorizada em suas peculiaridades, discutindo situações e buscando soluções para os problemas que a afligem. Nesses dois anos de existência, foram muitos os temas abordados que, além de serem discutidos em sala de aula, transpuseram os muros da escola e chegaram às famílias. Com isso, constatamos que escrita vem cumprindo seu valor social. E que venham muitos anos pela frente!
PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA GONÇALVES DIAS NA 30ª CIENA
A exemplo de anos anteriores, nossos alunos foram encorajados a participar desse grandioso evento que há 30 anos acontece no município de Canguçu. Além de elevar a cultura gaúcha, a CIENA é uma grande oportunidade para a revelação de talentos e para o desenvolvimento de habilidades essenciais para o crescimento do ser humano, como saber competir, respeitar o próximo, enfrentar desafios, adquirir postura, etc.
Dentre as diversas modalidades em que temos alunos inscritos, gostaríamos de destacar as nossas invernadas artísticas, que se prepararam muito para sua apresentação. A seguir, há um resumo do tema que será abordado por cada grupo de dança, no concurso de entradas:
* Também cabe ressaltar que a escola traz este ano um Prelúdio com o nome de “ Gonçalves Dias”, onde todas as invernadas cantam este pequeno refrão antes de começar a dançar. O refrão enfatiza a alegria e a paixão pela arte da dança e interpretação, amor e orgulho à escola e pela tradição gaúcha.
UM POUCO DE HISTÓRIA...
CINEMA CANGUÇUENSE
Falar da trajetória do cinema em Canguçu é para mim um tema muito agradável, pois traz boas recordações e meu coração se enche de uma saudade teimosa. Com carinho lembro do meu avô querido, quando para lá se encaminhava, para assistir aos filmes do Mazzaropi ou do Teixeirinha. Este último, arrastava o povo canguçuense para o Cine Glória, ou o Cinema do Seu Julinho, como queiram.
Mas anterior ao Cine Teatro Glória, Canguçu já presenteava seus moradores com a Sétima Arte. O Jornal “O Gaúcho”, de 09 de janeiro de 1918, anunciava que a população canguçuense em breve “gozaria das delícias que nos proporciona o cinema”, pois os Srs. Raphael Grecco e Hermínio Campos prontificavam-se a investir nesta forma de lazer, instalando-o em edifício, localizado à rua Júlio de Castilhos, local onde havia funcionado o Grupo Escolar.
Na década de trinta, Canguçu era uma cidadezinha pequena, contando apenas com a rua General Osório e um esboço do que seriam as ruas Júlio de Castilhos e a General Câmara, conhecida mais tarde como as duas ruas dos fundos. A vida deste povo ordeiro e pacato se desenrolava mansa ao redor da praça “Marechal Floriano”, que antes já havia homenageado a monarquia, levando o nome do Imperador Dom Pedro II; próximo a ela a Igreja Matriz, já com suas duas torres, a Prefeitura, instalada no antigo Palacete dos Piegas, além de bonitas residências em estilo colonial português; como divertimento o Cinema mudo, que recebeu o sugestivo nome de Cine Apolo, talvez uma homenagem ao deus grego das artes e da música, aquele que era responsável por dirigir o sol pela abóboda celeste. Como já foi dito o cinema era mudo, porém, o desenrolar da história era acompanhado por música tocada por um grupo local e, vez ou outra, cartazes eram apresentados com alguma frase esclarecedora para o bom entendimento da fita. Antônio Coutinho foi o operador do antigo cinema mudo.
Mas em tudo há o progresso e com o cinema não foi diferente. Em 1939, Canguçu foi presenteado com o moderno Cine Teatro Glória, construído por Antônio Lelis Valente (Antonico Valente) e que foi explorado inicialmente pelos sócios Victor Petrucci, comerciante e Pompílio Freitas. O filme inaugural foi Brodway Melody e o seu primeiro operador foi Guilherme Soares, funcionário da Prefeitura Municipal.
Em 07 de maio de 1940 foi inaugurado o pano de boca do cinema, que foi pintado pelo ventríloquo Acy Portela; este encantava a gurizada com seus bonecos: um casal chamados Picolé e Margarida, um boneco representando menino, de nome Chiquinho e uma caveira.
O início das sessões era anunciado nas quartas, sábados e domingos por toques de sirene. Cartazes eram colocados na frente do cinema e Santos Pereira ( pai do radialista Jesus Pereira), com um megafone anunciava as sessões nas esquinas da rua General Osório, o que lhe rendeu o apelido de Santo Vitrola. Como no cinema mudo existiu na geral um frequentador que lia em voz alta para a galera analfabeta as legendas do filme, perturbando os demais.
Eu, minhas amigas e toda a juventude canguçuense da minha época, frequentava assiduamente o Cine Glória que nas sextas-feiras exibia filmes proibidos para menores, frequentados somente pelo público masculino. Aos sábados, os filmes a pouco lançados e muitos repetidos, mas isso não importava, pois queríamos mesmo era ir ao cinema e aos domingos à matinê.
Sempre, antes do filme começar, eram apresentados os gols da seleção brasileira com aquela inesquecível musica da Copa de 70. Quem ouvia da rua, sabia que a sessão de cinema já ia começar. Nesta época eram donos do cinema os senhores Antoninho e Júlio Valente e quem vendia as entradas era uma senhora chamada Ilca, que trabalhou vários anos na loja do Sr. Júlio Valente. Ao falar ou escrever sobre o cinema em Canguçu, logicamente não se pode esquecer do nosso pipoqueiro, o Miné, que vendia pipoca e doces na frente do cinema. Ótimo lembrar tudo isso e rever na memória tantos momentos especiais e pessoas tão queridas.
Mas conta-se uma história antiga que certa vez dois amigos que moravam no interior de Canguçu vieram até a cidade para conhecer o Cine Apolo. Chegaram com seus cavalos e os deixaram amarrados em um pau de ferro em frente ao cinema. Os dois se dirigiram a sala de sessão e se acomodaram. No filme, começa uma cena que chovia muito, então os dois amigos saíram em disparada até a rua para virar os pelegos da montaria não deixando que a chuva os molhasse.
Após voltarem ao interior do cinema, começou uma cena de tiro e todos os frequentadores se esconderam embaixo das cadeiras do local com medo de serem alvejados pelos disparos. Histórias da Carochinha, KKKK.
Zuleica Reyes Barbosa
(professora e pesquisadora)
LITERATURA: A ARTE DA PALAVRA!
A 30ª Ciena trouxe como novidade um concurso literário e nossos alunos jamais poderiam ficar de fora! Mesmo com pouco tempo para pesquisa, foram realizadas oficinas de produção textual, nas aulas de língua portuguesa, com o objetivo de colocar os alunos em contato com os gêneros em questão (conto e poesia). Vale salientar, para nossa alegria, que foram produzidos muitos textos de qualidade, dos quais selecionamos os quatro para a competição e organizamos os restantes para fazerem parte de um livro que será lançado na futura feira do livro da escola. Um brinde à criatividade!
Agora, orgulhosamente, apresentamos os textos selecionados!
ROMANCE DE CAMPO E ALMA
Corria o ano de 1902... O mês era janeiro. Mês de verão. Mês de muito sol. E, para Manuela, a melhor época do ano. Manuela era a filha de um afamado estancieiro, mais conhecido que parteira de campanha, que trazia o prestigiado sobrenome Piegas, tradicional família da região da Boa Vista. Família de valores mui rígidos, onde honra se lavava com sangue.
Manuela era uma prenda mui linda e estava na flor dos seus 18 anos. Tinha mais pretendentes para casório do que qualquer outra moça dos pagos de Cangussú. Fato que deixava seu pai com o coração na mão, com medo de que ela fosse se envolver com o filho de algum daqueles simples agricultores, que tocavam pequenas propriedades nas proximidades de suas terras. Queria um bom partido para genro. Talvez algum descendente de barões pelotenses... não um peão pé-rapado, cheirando a bosta de vaca!
Como em qualquer fazenda desse Rio Grande véio, sempre tem muito peão e criado para servir à família. E na família de Manuela não era diferente.
A lida para Gervásio, criado da tal fazenda, mais conhecido como “Nego” por trazer na pele a cor da noite sem lua, começava cedito. Mal cevava o amargo e já se ia percorrer a estância parar fazer o que o patrão véio mandava. Para "Nego", ver o sol despontar na coxilha era um regalo.
Naquele dia de janeiro, o sol estava de rachar os miolos e Manuela decidiu ir, na hora da sesta, refrescar-se na sanga. Coisa que sua mãe havia proibido devido aos tantos criados que costumavam frequentar o local. “Não fica bem pra uma moça direita andar metida nesses brejos à vista de qualquer um”, repreendia a velha. Mas não adiantou. Além do calor que fazia, Manuela sentia-se ferver por dentro. Tonta. Previa que era o “incômodo” que estava por chegar.
Como não foi descoberta em sua “arte”, Manuela passou a ir mais seguido no córrego, sempre às escondidas, enquanto todos descansavam do trabalho duro da fazenda, na passagem do meio-dia.
Havia algum tempo que Manuela vinha se sentindo diferente... Seus suspiros eram prolongados e profundos. Vivia em silêncio terno após as rotineiras rezas de Pai-Nossos e Ave-Marias. Sentia-se só. Desde a morte de D. Chica, uma cozinheira da casa e sua confidente, não tinha mais com quem dividir seus desassossegos. Sua mãe era amarga, parecia sempre desagradável, tinha como único objetivo casar bem os filhos, para tê-los encaminhados na vida, antes de seu último suspiro, de modo que Manuela não se sentia à vontade para dividir suas angústias com ela.
Já Gervásio era como cavalo arisco que muito já apanhou na vida mas que nunca perdeu a mania de “corcovear”. E ainda por cima, debocha de sua sina! Para ele, não valia a pena viver triste. Sempre foi assim. Desde o tempo em que seus pais eram escravos, sempre foi um guri endiabrado, mui sorridente e mimoso das bruxas. Arteiro umas quantas vezes, mas não foi por falta de tunda.
E foi numa dessas idas e vindas de Manuela até a sanga, que os olhos dela se cruzaram com os de “Nego”, deixando a rapariga paralisada. Ele havia ido levar o baio pra tomar água e ela refrescar-se naquela água gelada de doer. Àquela hora do dia, as cigarras cantavam à reveria. Esse, mais o barulho da água batendo nas pedras eram os sons favoritos de Manuela. Mas ela já não escutava mais nada. Só sentia. Parecia que seu coração ia saltar pela boca, comida numa vergonha, encabulada, não sabia o que fazer. Pegar suas vestimentas e sair correndo? Botar a boca no criado (mesmo sabendo que a errada era ela)? Mas nunca foi de dar ordens ou desordens a ninguém. Pedir encarecidamente pro negro não contar pro pai? Não conseguia imaginar o tamanho da punição que receberia por sua má-criação! Mas não. Não fez nada disso. Não saiu nem falou. Apenas ficou. Ficou admirando aquele homem rude com camisa desabotoada, mais velha que os trapos de chão, e facão na cintura. Nunca tinha visto homem tão de perto, muito menos com a camisa quase aberta, mostrando aquele jovial peito, de músculos bem definidos pelo trabalho braçal. Nem seu pai ela havia visto com tão pouca roupa.
Viu o negro apeando do cavalo e vindo em sua direção, mas não reagiu. A cabeça dizia “vai-te embora, guria”, o coração mandava ficar e as pernas não obedeciam ao comando da mente. Arrepiou-se inteira. Parecia que ia faltar ar em seus pulmões a cada passo vagaroso dado pelo estranho...
Quando voltou a si, estava sendo beijada pelo negro. Sentiu uma mão áspera e grossa alisando seus cabelos morenos e outra na altura da costela. Tremia feito vara verde, quando entregou-se ao sabor do momento. Não recuou nem disse palavra. Apenas deixou-se ser amada ali mesmo, na barranca da sanga.
Gervásio sabia que o que ele e Manuela faziam era completamente errado, como dar ponto sem nó, mas sua vontade era de sempre amá-la. Estava loucamente apaixonado por aquela rica prenda. Mesmo sabendo que ela era filha de seu patrão, mesmo sabendo que desonrou moça de família, mesmo sabendo que poderia ser morto, ele não largava Manuela. Passava o dia inteiro pensando em sua delicada lindeza, esperando baixar a “boia” para reencontrar sua amada. Ir ao seu encontro na sanga.
Manuela sabia muito bem que não tinha mais volta. Casar com o negro, nunca, nem em sonho, na cabeça de sua família. Contar tudo e ver seu amado talvez até morrer? Abandonar Gervásio e morrer de tristeza? Não! Era jovem. Queria viver. A única saída era fugir com seu querido. Seguir a vida com ele. Por ele, abriria mão de toda sua riqueza. Levaria algumas joias e as venderia. Com o dinheiro, comprariam um pequeno pedaço de terra e tirariam dela seu sustento. Afinal, sabia de inúmeras famílias da região que sobreviviam em pouco espaço. Iam plantar trigo, milho, feijão, o que fosse, para viverem aquele grande amor. Tocariam o minifúndio com dignidade. Seriam ricos de felicidade. Sim! A única saída era fugir, eles três. Isso mesmo! Três, pois já sentia vida nova em seu ventre. Com o tempo, que cura todas as feridas, talvez seu pai a perdoasse. Quem sabe não se rendesse aos encantos do neto? Não seria a criança capaz de amolecer seu coração?
E foi quando Manuela e Gervásio fugiram que toda aquela redondeza ficou marcada. Assim como ferro em brasa em couro de boi, o que aconteceu naquele dia marcou pra sempre a vida das pessoas que viviam naquela localidade.
A moça saiu às escondidas pela porta dos fundos, levando meia dúzia de pertences e Gervásio a esperava em seu cavalo. O que eles não previram é que o velho já andava desconfiado, feito pobre quando acha dinheiro... Ao sair na porteira, ambos foram surpreendidos com um tiro, vindo sabe-se lá de onde e disparado sabe-se lá por quem. E naquele milésimo de segundo que os separava do sono eterno, eles entenderam o que se passava, se deram as mãos e se entrelaçaram num olhar tão firme quanto aquele do primeiro encontro. Caíram os dois. A bala atravessou os corpos. O amor continuaria além da vida e da carne... Agora somente de almas...
Quando a notícia da morte de Manuela chegou ao velho estancieiro, ele perdeu os butiás do bolso... Sua vida não tinha mais razão. Não queria a morte da filha... E o culpado era ele. A culpa foi dele! Arrependeu-se amargamente até o último dia de sua vida.
Autoria: Bibiana Conceição
( Pseudônimo de VITÓRIA CRUZ BORGES -9º ano)
Categoria CONTO - 7º a 9º ano
JUNTOS, MISTURADOS E FELIZES
Canguçu...
Maior minifúndio da América
Gosto muito desta terra
Pois é aqui que nasce o peão
Que honra muito seu chão
E que anda bem pilchado
Já com o irmãozinho do lado
Mostrando a ele a tradição.
Minha mãe já me dizia:
“Acorda cedo, guria!
Para o rancho arrumar,
a comida preparar,
porque cansada vou chegar
teu pai eu tenho que ajudar!”
Para sustentar a família
Ficava meu velho de vigília
Na grande plantação de milho
Enquanto minha mãe seguia
Recitando seu estribilho:
“Vai lá correndo, meu filho
Avisar que o almoço tá pronto
Pois o arroz já está no ponto
E precisa ser servido
O pequeno está com dor de ouvido
Temos que levar pra benzer
Está com febre de derreter
Deve ser infecção
Também tem que comprar erva
Para fazer um chimarrão!”
O que acabei de citar
São valores deste lugar
Que aprendi com meus pais
Família trabalha unida
Para melhorar de vida
Dando exemplo aos demais
Aqui neste pago querido
Não habitam só brasileiros
Existem muitos herdeiros
Quilombolas e italianos faceiros
Alemães e pomeranos festeiros
Todos têm a contribuir
Dividem comunidades
Com pessoas de toda idade
Com todo tipo de necessidade
Eu, na minha mocidade
Vejo isso sem preconceito
Trato a todos com respeito
Todos iguais, como irmãos
Cada um com sua lida
Cuidando da sua vida
Com amor e dedicação
Sem nunca esquecer
O valor do meu rincão.
Autoria: Loirinha Swenson
(Pseudônimo de MARIANA IVEN DA CUNHA -7º ano)
Categoria POESIA - 7º a 9º ano
AGRICULTURA FAMILIAR
Sábado estava um dia lindo!
Eu já me levantei e pulei dentro das bombachas. Botas e esporas, pronta pra lida! E fui pra cocheira pegar a petiça Pirulita.e dei para a Pirulita uma caneca de milho. Ao fidar de comer o milho, levei ela para dentro do galpão e encilhei a petiça.
Logo após, eu estava pra lá e pra cá, andando a cavalo, na frente da casa, e o meu pai disse: “Renata, vai ali na pastagem e traz as vacas da ordenha.”. Eu fui.
Chegando lá, eu desci da petiça, amarrei no pique, abri a porteira, montei na petiça e saí campo a fora. Lá no finalzinho da pastagem estavam as vacas da ordenha. São 20. Eu contei 1,2,3,4,5,6...20! Lá estão todas as vacas.
No meio do caminho, os terneiros das 20 vacas quiseram se juntar a elas mas eu levantei a petiça no freio e bati de trás. Consegui apartar os terneiros das vacas porque se eles mamassem nas vacas, não sobraria o leite para nós fazermos o queijo, a manteiga, o mumu e o doce de leite.
Foi muito difícil apartar os terneiros das vacas da ordenha, mas eu, como sou muito campeira, consegui. Só assim garanti o café com leite, a manteiga e o queijo para pôr no pão.
Isso é agricultura familiar. Em conjunto, pai, mãe e filhos. Isso é a base da vida no campo, com respeito, carinho e honestidade.
Autoria: Gauchinha Acanguaçu
(Pseudônimo de RENATA GUIDOTTI WARNKE - 5º ano)
Categoria POESIA - 4º a 6º ano
OH, CANGUÇU!
Canguçu é minha terra
Aqui o céu é mais azul
Aqui tem gente trabalhadora
Bem no garrão do Rio Grande do Sul.
Trabalhando de sol a sol
A gente do meu rincão
Cuida do gado, cuida do campo
E cultiva a tradição
Sem deixar de agradecer
Nossa Senhora da Conceição.
Povo humilde, povo simples
De enorme coração
Todos os dias
Sem vaidade
Mostra sua hospitalidade
Na hora do chimarrão.
Autoria: Maria Flores
( Pseudônimo de LAVÍNIA LOPES MATIAS –6º ano)
Categoria CONTO - 4º a 6º ano
















INVERNADA MINI MIRIM- 1º ao 3º ano
A partir de uma encenação com a música “Por um mundo melhor”, o grupo traz para a 30ª CIENA uma reflexão sobre as brincadeiras e as fantasias que fazem parte da infância, fundamentais na aquisição de valores, pois como diz a letra da música:
“...Quando a arte está na alma das crianças se acredita num mundo cheio de paz...”
INVERNADA DENTE DE LEITE- Pré-escola
Apresenta uma homenagem ao rodeio, uma das mais tradicionais festas gaúchas, onde se engrandece o homem campeiro e a tradição do tiro de laço, que passa de pai para filho, a partir da encenação da música “Botando Corda”, de Cristiano Quevedo.


INVERNADA JUVENIL- 6º ao 9º ano
Traz para a apreciação do público uma encenação com base em outra música inédita, “Todos de Mãos Dadas”, também de autoria de Vinícius Camargo, que fala sobre a integração entre a Escola Gonçalves Dias e o Quilombo do Passo do Lourenço. Tal integração se intensificou a partir da criação do jornal “A toca da onça”, folhetim multidisciplinar que busca retratar a comunidade a partir da publicação de textos produzidos pelos alunos.
INVERNADA MIRIM- 4º e 5º ano
Apresenta a história do cinema que existiu na cidade de Canguçu, nos tempos antigos. A encenação será feita a partir de uma música inédita, “ O Cinema em Canguçu”, composta por Vinícius Camargo, baseada no texto escrito pela professora e pesquisadora Zuleica Reyes Barbosa. O referido texto encontra-se na sessão UM POUCO DE HISTÓRIA..., deste jornal.











JORNAL
“A TOCA DA ONÇA”
Rincão dos Marques / Canguçu - RS/ Agosto de 2016/ 9ª edição







Próximos eventos


JORNAL
“A TOCA DA ONÇA”
Rincão dos Marques / Canguçu - RS/ Abril de 2016/ 8ª edição
EDITORIAL
Olá! Estamos de volta! Assim como em exemplares anteriores, nosso folhetim traz um resumo de atividades realizadas na nossa escola e apresenta uma seleção de textos produzidos por nossos alunos, a partir de discussões realizadas em sala de aula. Nesta edição, teremos como temas a VIOLÊNCIA e o AUMENTO DE MORTES por acidentes envolvendo motos, assuntos que estão intimamente relacionados a VALORES como respeito a si mesmo e aos outros, família, valorização da vida, etc. Boa leitura!
Aumento de mortes por acidentes
No Brasil, aumentaram muito os acidentes de trânsito, principalmente os envolvendo motocicletas. Os acidentes acontecem, na maioria das vezes, por irresponsabilidade de alguns motoristas que andam, sem capacete, na contra mão, participando de rachas, praticando manobras arriscadas para se exibirem e também sem a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
O PERIGO SOBRE DUAS RODAS—De acordo com estudos feitos, o Brasil é o recordista mundial em acidentes de trânsito e maioria deles acontece envolvendo motos, veículos que tomaram conta das ruas e estradas do país por serem mais econômicos e “caberem no bolso” das pessoas de baixa renda.
CANGUÇU—Infelizmente, nosso município confirma os dados nacionais. Segundo levantamento feito pelos alunos do 9º ano da nossa escola, de 12 acidentes ocorridos nos últimos tempos, aqui na região, 7 tiveram o envolvimento de motocicletas e 9 registraram mortes.
AÇÕES—Podemos reduzir o índice de acidentes e mortalidades no trânsito com a conscientização de cada cidadão.
Vida em perigo!
Estamos discutindo nesse momento um tema polêmico, que diariamente vem acontecendo e vários acidentes estão havendo em que muitos não voltam para casa. Entre os motivos que envolvem:
# bebida alcoólica
# alta velocidade
# imprudência
# manobras arriscadas (arriscando outras vidas)
Na sala de aula, de Português, debatemos esse assunto e respondemos à seguinte pergunta: “Os pais devem liberar motos para menores?”
Fizemos um jogo, um Júri Simulado na sala de aula, para debater esse tema que é polêmico, fizemos dois grupos, o do SIM e o do NÃO. O objetivo não era ter o vencedor do jogo, mas sim ver o que tem mais argumento.
É que muitos adolescentes não pensam nas suas atitudes. Atividades como essas estimulam os jovens a refletirem sobre esses casos de acidentes que vêm acontecendo.
Com certeza, não!
# Os pais não devem liberar motos para menores de idade porque, se acontecer um acidente , a polícia junta a moto e leva para a apreensão.
# Menores de idade não podem andar sem capacete e em alta velocidade.
# Os responsáveis não devem liberar moto para menores porque algum dia eles podem ser encontrados mortos no meio da estrada ou da faixa.
# Menores não devem andar de moto porque não têm documentação. A documentação é muito importante, porque se eles colidirem com outro, a polícia vem e pede o documento. Se ele for menor não terá, nesse caso o pai responderá o processo por ele.
Com responsabilidade, sim!
> Mesmo que com tantos acidentes que acontecem hoje em dia, nosso grupo defende a possibilidade de menores andarem de moto, muitas pessoas dizem que é muito perigoso, por conta dos acidentes, claro nada contra, cada um tem a sua opinião, mas se andar de capacete e na velocidade adequada pode acontecer, claro que pode, mas isso evita um pouco.
É bom porque:
# Os pais não precisam ficar carregando os filhos para tudo que é lugar.
# Tem pais que não sabem andar de moto e então é necessário os filhos aprenderem a dirigir.
# Podem precisar de alguma coisa para ajudar seus pais e até vizinhos.
# Se os pais querem sair e não sabem dirigir, daí os próprios filhos, filhos de vizinhos ou amigos podem levá-los.
HORA DA ENTREVISTA!!!
Entrevistado: G.M.S. (ex-aluno da nossa escola, 16 anos, recentemente sofreu um acidente de moto)
Entrevistadoras: Natália Lopes Pires e Vanessa Duarte de Lima (alunas do 8º ano)
1) Como tu achas que teus parentes, familiares e amigos reagiram com a notícia do teu acidente ?
Todo mundo ficou preocupado, assustado.
2) O que mudou na tua vida, depois do acidente?
Fiquei numa cadeira de rodas temporariamente, aprendi a ter paciência e a ter mais cuidado em cima de uma moto.
3) Que consequência o acidente trouxe para a tua vida?
O acidente me deixou numa cadeira de rodas temporariamente, me ensinou a ter calma e a andar de capacete.
4) Como tu te sentes vendo os teus amigos e familiares postando mensagens de apoio no teu facebook?
Me sinto feliz, que todo mundo está na torcida pra mim melhorar.
5) Tu sentes que nasceste de novo? Por quê?
Sim. Porque o acidente foi meio grave, e porque também o capacete me ajudou a salvar minha vida.
6) Tu achas que não ter ultrapassado a velocidade, permitida também ajudou para salvar tua vida?
Eu acho que sim, né?! Porque se eu tivesse mais ligeiro, teria sido pior.
7) Tu achas que o capacete salvou tua vida?
Sim, claro, se eu não tivesse de capacete eu não estaria aqui a essa hora.
8) Se tu pudesses voltar no tempo o que tu farias de diferente naquele dia?
Ah, sei lá, não dá para pensar que dá pra voltar no tempo, era pra acontecer, fazer o quê?!
9) Qual é a lição que tu levas para a tua vida, de tudo isso que aconteceu contigo?
Ah! Sei lá , a ter mais cuidado.
10) Que dica tu darias para os jovens que andam de moto?
Para andar devagar e andar de capacete, eu mesmo era um que gostava de correr e não gostava de usar capacete, mas se não fosse o capacete eu não estaria mais aqui.
É TEMPO DE POESIA!!!
A VIDA É UMA SÓ
Cuidado! Menino preste atenção:
Na sinaleira pare e olhe.
Não fique dando bobeira
Pra não ser atropelado não.
Quando andar de moto
Não se esqueça do capacete.
Proteja sua cabeça
E evite um grave acidente.
Não corra, ande sem pressa
Não faça por onde
Não se esqueça que é devagar
Que se vai ao longe.
Se andar de automóvel,
Coloque o cinto
A vida é uma dádiva
Deus sabe que não minto.
Quando atravessar a rua,
Olhe pros dois lados
Observe com cuidado!
Atravesse na faixa de pedestre
Pra não ser atropelado.
É isso aí, meus amigos
Vamos colaborar
No trânsito, vamos nos respeitar
A velocidade não ultrapassar
Porque a vida é uma só
Não devemos abusar.
Caroline Duarte Bederode - 8° ano
VAMOS COLOCAR A MÃO NA MASSA?
As professoras Ivete Mota e Berenice Schug, que atuam na disciplina de Agricultura e Administração Rural, estão desenvolvendo um projeto que visa valorizar o ambiente escolar e familiar, com atividades voltadas para jardinagem , pomar e horta. O objetivo principal é que os alunos percebam a importância da Agricultura Familiar e que vejam que a mesma pode se tornar uma forma de renda e sustento da família.
Que tal um prato mais
saudável?
A professora Lidiane Noguêz está desenvolvendo com a pré-escola o projeto chamado de “Prato Colorido”. Esse projeto tem por objetivo fazer com que nossas crianças aceitem uma alimentação mais nutritiva e saibam a importância das frutas e dos legumes como fonte de vitaminas para um crescimento saudável.
E NA PÁSCOA... TEVE CELEBRAÇÃO E APRESENTAÇÃO DOS ALUNOS!
Professora Berenice abrindo os trabalhos, explicando para os alunos o verdadeiro significado da Páscoa.
SEMPRE É TEMPO PARA FALAR DE VALORES!!!
VALORES FAMILIARES
Educar, saber respeitar as diferenças , orientar e avisar sobre os perigos da vida, são os principais valores que a família deve transmitir aos seus filhos. Tais valores são ideias que devemos ter de vida.
Os valores que são transmitidos de pai pra filho, são muito importantes. São valores que influenciam nos relacionamentos: como tratar uns aos outros e como observamos nossas diferenças. Influenciam também, juntamente com a educação, as escolhas, os objetivos e os caminhos, qual direção tomar.
A família deve promover muito diálogo, debater questões e dar limites. Mostrar que nem tudo cai do céu como chuva, nem entregar tudo em mãos aos filhos. Fazer batalhar por seus objetivos e ambições. E quando ocorre a inversão de valores, a vida cobra caro e deixa sérias consequências.
Como criar cidadãos bem desenvolvidos e preparados sem esses valores humanos? Não há respostas. Vamos dialogar. Vamos viver a vida da melhor maneira possível. E a cada ato que iremos realizar, perguntarmos a nós mesmos: quem queremos ser? O que queremos ter?
Vitória Cruz Borges-9° ano
VALORES FAMILIARES
Há coisas que aprendemos com nossos pais que não se aprende na escola,. Os maiores valores de uma pessoa são aqueles que se aprende desde o primeiro dia de vida. Os valores familiares não nos dão diploma, mas nos preparam para o mundo em que vivemos, é fácil perceber os valores de uma pessoa pelo seu modo de agir, falar e se expressar.
Hoje em dia é comum ver crianças e adolescentes entrarem nos lugares sem pedir licença, não pedem por favor, ocupam acentos reservados a idosos. Em observar isso percebemos que a falta de ensinamento familiar atingiu a sociedade de modo geral.
Há pais que acham que os professores têm o dever de educar seus filhos, assim eles terão um aprendizado, viver em sintonia com a sociedade, mas na verdade os professores preparam os alunos para um bom emprego, mas não dão o que a família tem a responsabilidade de oferecer.
Leonardo da Cunha Valadão– 9º ano
FAMÍLIA
Família é um aprendizado, tudo o que acontece nela você está aprendendo.
E família também é uma fonte, para educar todos nós. Para não entrar em maus caminhos, ter uma boa educação , não fazer mal, ensinar outras pessoas, ajudar, isso é ser uma família.
Quando os filhos precisam de ajudam aí sim o “bicho pega”, ajudar os pais quando é necessário e você não quer e só diz assim: “mas pai, logo eu, tu é chato”. Isso tudo é ser família, é aprender com os erros.
É como eu estava dizendo, você está sempre aprendendo, quando o filho faz uma burrada você corrige e tenta ensinar do jeito certo. Quando você pede para ele fazer alguma coisa e ele diz que não, dá vontade de dar uma “tunda”.
Mas não, o certo é você ensinar que a vida não é um mar de rosas, mas sim uma aprendizagem.
Isso é ser família, isso é aprender.
Lucas Kurz Mielke-9º ano
O MUNDO DEVERIA SER ASSIM?
O mundo muda, a gente muda, mas o que muda sem limites é o diálogo entre a família, as pessoas.
Muito raro quando vimos o pai, a mãe e os filhos interagindo, contando o que fizeram o dia todo em volta da mesa de jantar, como foram as notas na escola, o trabalho é muito mais, onde em outras famílias ficam cada uma em um canto com a cabeça baixa, prestando atenção ao celular e à tv.
Quando os filhos vão para a escola, o certo seria os pais acompanharem de perto o desenvolvimento do filho e suas notas, mas não, os filhos vão para a escola, os pais não sabem o que eles fazem, se estão dentro da sala ou na rua, se sabem ler ou escrever, pois se não sabem a culpa é dos professores, que não os ensinaram direito.
Como os pais não conversam quase, depois os filhos crescem, caem no mundo, vão atrás de tudo que lhes falam, lhes oferecem, usam principalmente droga e colocam toda a culpa, a responsabilidade em cima de quem? Dos pais, pois não lhe explicaram nada sobre as barreiras do mundo.
Acho que se os pais conversassem mais com os filhos, fizessem com que eles e até vocês mesmo desgrudassem um pouco mais dos aparelhos eletrônicos e interagissem também ficariam ligados aos acontecimentos, aprenderiam um pouco mais sobre o futuro, ao invés de reclamar de tudo.
Lorraine Helena Fuculo de Souza– 9º ano
VALORES
Será que os filhos estão como deveriam estar? E os pais? Afinal toda a família? Na verdade não, né? Está tudo mudado hoje em dia. Os filhos não se importam com os pais e na maioria das vezes nem os pais lembram que colocaram um filho no mundo e que devem dar educação a eles.
Hoje em dia as famílias estão mudadas , não são mais como antes que era normal um jantar em família. Hoje tudo mudou, não tem mais aquele momento de sentar e conversar, ter um diálogo, o momento de falar mas também de ouvir.
A maioria acha que a educação só começa na escola, mas não, estão muito errados, a verdadeira educação começa em casa, pelos pais, que devem corrigir e ensinar o que é certo e o que é errado.
Com certeza na hora que colocaram um filho no mundo não pensaram no que viria depois, nas preocupações, nas noites de sono que iriam perder, na responsabilidade que deveriam ter. Então aí que está, não estão preparados para dar educação nem ensinar o caminho. Daí o pai tudo deixa, tudo pode, tudo deve , porque não pode dizer “não” ao filhinho. Então este tem toda a liberdade, não sabe o que é a palavra “não”, aí vem a vida e dá um “não”!
Aí que está, um “não” da vida dói muito mais que um “não” de pai e mãe.
Então os pais têm que ter mais pulso firme e não só dizer “sim”, também dizer o “não”. Porque a vida não é como queremos. As violências e as drogas estão aí, temos que dizer um NÃO a elas.
Indiuli da Silva Isnardi– 9° ano
FAMÍLIA
A família começa com a união de duas pessoas. Nela surgem várias coisa como amor, esperança, alegria e respeito.
O homem tem a função de ser o chefe, comandar e sustentar a família.
Formar uma família não é tão fácil assim, o homem tem que ter pelo menos um emprego definido, para poder sustentar a mulher.
Muita gente tem filhos antes de casar, ter uma casa, ou emprego, por isso muitos passam dificuldades, sem ter roupas, fraldas e etc.. Assim não tem outra solução a não ser pedir ajuda para os familiares.
Os pais fazem tudo pelo seus filhos, dão amor, carinho e tudo que pedirem, para depois os filhos retribuírem com falta de respeito, xingamentos e palavrões. Hoje em dia os filhos estão tendo mais autoridade que os próprios pais.
Kauan Leite Muniz– 9º ano
JOVENS COMANDANTES, VELHOS OBEDIENTES
-Você é muito novo, não vai entender!
-Você já está grande demais para tantos mimos!
-Você não tem idade para namorar, nem sair sozinho!
-Você é muito velho para querer presentinhos de páscoa!
-E aí? Será que com essas frases você educa seu filho?
Hoje em dia, os filhos (crianças e adolescentes) têm resposta para todos os diálogos com seus pais . São tantas respostas na ponta da língua que acabam deixando seus pais (pessoas mais velhas e experientes) sem contexto. Os filhos encontram mais pretextos para mudarem a opinião dos pais.
Em outros tempos, havia mais união, tinha mais conversas civilizadas entre os membros familiares, pelo menos um horário de refeição se uniam, mas agora não, ninguém mais se importa, famílias jantam sem seus filhos na mesa, pois estão por aí, no mundo, talvez bebendo, se drogando ou até matando, ou quem sabe mortos. Porém, estão lá, na rua, sozinhos ou em más companhias , fazendo sabe-se lá o quê, e os pais em casa, talvez não concordando, mas não tendo autoridade suficiente para dizer NÃO.
Katiane Santos dosSantos-9º ano
UMA FAMÍLIA BRASILEIRA
Era um certo dia uma família normal, como todas as outras. Eram o casal e tinham um filho único .
O menino adorava andar de moto, mas sempre em alta velocidade, e o pai dele dizia:
- Filho anda devagar.
- Eu não, moto foi feita para correr.
- O dia que você cair ou bater em alguém de moto, eu boto fogo nela!
- Se você botar fogo nela, eu não vou mais estudar.
Alguns dias depois, o menino iria em uma festa de moto e seu pai avisou mais uma vez sobre o perigo de correr. O garoto ficou bravo com seu pai e lhe xingou. Mas antes dele chegar na festa aconteceu um acidente. O garoto vinha em alta velocidade, acabou batendo em um carro, não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.
Agora seus pais se culpam: não tivemos capacidade de mandar nosso filho fazer o certo e está ai a consequência .
Tiago Duarte Lopes– 9º ano
O QUE A MODERNIDADE TEM A VER
COM A EDUCAÇÃO DOS SEUS FILHOS?
Por que agora os filhos estão assim? Porque os jovens de hoje estão assim? Qual são as respostas para estas perguntas?
As famílias de agora estão tão distantes, tão mudadas do que antigamente. E estão dando muita liberdade para os filhos, estão dando também liberdade ao perigo.
Os filhos estão tão desobedientes que os adultos estão apavorados.
Será que é a modernidade do mundo? Receio que é a modernidade das pessoas.
Você acha que ser moderno é dar liberdade demais aos filhos deixar eles fazerem o que quiserem com seus pais?
Veja as consequências, se você deixar isso acontecer: os filhos podem trilhar um caminho bem diferente do que você desejava para eles e pode até acontecer uma fatalidade, pelo fato de você ser tão moderno.
Então veja como você quer ser moderno?
Essa é a resposta para aquelas perguntas do começo.
Caroline Soares– 9º ano
QUAL É A RESPONSABILIDADE DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS?
Bom, para começar esse texto eu me pergunto, qual é a responsabilidade da família na educação dos filhos?
Na minha opinião, a família tem a responsabilidade de: educar, ensinar a respeitar, incentivar os filhos a ser uma pessoas digna, para que não passem trabalho no futuro.
Penso que esse banditismo todo que vivenciamos, acontece porque os pais dão muita liberdade desde pequenos. Aí crescem, acham que se mandam, pedem para os pais para saírem, os pais não deixam e eles acabam indo mesmo assim. Daí encontram “seus amigos” na festa ou no lugar que eles forem,. “Esses “tais amigos”, que se dizem amigos, oferecem drogas, bebidas dizendo que é bom que vai deixar tranquilo a noite toda, ou ele aceita, fuma ou bebe, tanto faz, aí no outro dia vem a notícia: Jovem morre após o uso de drogas. E aí eu pergunto, quem são esses amigos? Será que eles querem nosso bem? E os pais como ficam?
Então eu acho que os pais estão dando muita liberdade, eles têm que mostrar quem é o pai e quem é o filho.
Os únicos amigos de verdade que a gente tem são o pai e a mãe, porque eles são os únicos a te dar a mão quando tu cais, porque para te derrubar tem muitos, mas quando é para te dar a mão, para te levantar só tem a família.
Então a família tem que dar educação, tem que incentivar a serem trabalhadores para que não precisem estar dependendo de ninguém. Tem que ter mais atenção com os jovens de hoje porque a criminalidade está tomando conta e são todas jovens essas pessoas que roubam, que matam, e isso tem que mudar!
Muitas vezes eu já vi e ouvi coisas assim, a criança fala algum palavrão ou apronta alguma coisa e o pai fala:
- É isso que tu aprende na escola? É essa educação que eles te dão?
Mas, como assim? Os professores têm a responsabilidade de ensinar a ler, escrever, de ensinar as crianças, não só educar. A educação começa em casa.
Tem muitos pais que dão tudo do bom e do melhor para seus filhos, mas me dizem pra quê? Para amanhã ou depois eles saírem de casa sem dar valor nas coisas e quando os pais precisarem eles não darem assistência.
Daí é fácil depois de ter tudo não procurar mais.
Então, tem que acabar com essa história de filho mandar em pai, vamos reagir. Educação tem que ser discutida não importa a hora, o local, a situação, tem que falar e ponto.
Este texto, eu fiz só para deixar minha opinião, o que eu acho sobre a responsabilidade da família na educação dos filhos.
Eduarda de Lima Rodrigues - 9º ano
CLASSIFICADOS
Responsáveis: alunos do 6º ano
BARBADA
Jair de Oliveira Matos tem um Chevet para desmanche. Valor: R$ 700,00. Tratar pelo telefone 99219227.
VACA JERSEY
Vende–se uma vaca jersey. Preço a combinar. Tratar com Celomar Buchweitz pelo fone 99482003.
GRADE
Vende-se uma grade marca TATU, 28 discos. Valor a combinar. Fone 99468816 (Julse Maria Fuculo Ortiz).
ARROZ PARA RAÇÃO ANIMAL
Vende-se arroz para ração animal, 50 centavos o kg. Tratar com Gustavo Boetg, fone 99687888 .
VACA
Vende- se uma vaca valor 1.900,00 reais. Tratar com Gustavo Boetg, pelo fone: 99687888.
QUE TAL ADOTAR UM ANIMAL?
Doa-se 3 filhotes de cães da raça ovelheiro com policial. Proprietário Celomar Buchweitz. Fone: 99482003 .
PRECISANDO DE UM SOFÁ?
Valesca vende um jogo de sofá 2 e 1 lugares. Em ótimo estado de conservação. Tratar no telefone 99 51 95 28 . Preço a combinar.
PROPRIEDADE RURAL
Vende-se uma propriedade de 42 hectares, com casa, luz, água, galpão em feitoria. Tratar com Elsom B. Rusch. Fone: 99571523. Preço: 10 mil por hectare.
TERRA NO RINCÃO DOS CRAVOS
Vende-se no Rincão dos Cravos uma propriedade com 24 hectares, com casa e estufa de fumo, água, luz, bem-feitoria. Tratar com Elda B. Rusch pelo fone 99571523. Preço: 10 mil por hectare.
PRECISANDO DE TRATOR?
Vende-se um trator Valmet 65, direção hidráulica. Tratar com Elsom B. Rusch pelo fone 99571523. Preço 25 mil reais.
COMPRA-SE NOT
Caroline Tavares de Aguiar procura um Not para comprar. Quem tiver, pode entrar em contato pelo telefone 99723492. Local: Coxilha das Três Pedras.
DIVERSÃO GARANTIDA
Pedro de Souza Hipólito vende um Playstation 2, com 3 jogos, memory card e 2 controles. Valor: 250 reais. Telefone: 99 49 08 74.
CARRO BARATO
Vende-se um carro Corcel ano 73, cor amarela, valor R$ 2.000,00 certo de documentos. Tratar com Edis Souza de Aguiar, local Coxilha das Três Pedras, 4º distrito. Fones: 99 02 86 92 ou 99 72 34 92.
OVOS
Chaiane Cardoso Lopes vende ovos a R$ 2,50 a dúzia. Telefone: 99 56 73 74, no Passo do Lourenço.
CELTA
Elton Matias vende um Celta, cor branca, ano 2010, por 16 mil reais. Cel: 84 49 32 46.
ANTES DE ENCERRAR... ALGUMAS ESTATÍSTICAS!!
Estrutura familiar
Em nossa sala de aula foi feito uma pequena pesquisa sobre a estrutura familiar de nossos alunos do 8º ano, responderam a ela 10 pessoas.
Aponta-se na pesquisa que 8 pais são agricultores que é a profissão mais comum na zona rural, porém temos também 1 aposentado e 1 motorista, sendo o pai apontado responsável pelo sustento da família em 6 pesquisas. Pai e mãe e somente a mãe sendo citados em 2 pesquisas cada uma.
Em 50% das pesquisas as famílias são compostas de 1 a 3 membros, 40% de 4 a 6 e 10% mais de 7 pessoas. Em 90% das casas referidas mora pais e irmãos e 10% mãe e irmãos.
Meios de transporte,
na localidade
Em 10 pesquisas realizadas com alunos e pais do 7º ano da escola sobre os meios de transporte mais comuns na localidade podemos apontar alguns dados.
Todas as residências possuem moto , 6 possuem carro e 5 possuem ambos meios de transporte. Costumam conduzir os veículos 7 os pais, 1 o irmão e 3 os próprios alunos, destes condutores 8 são habilitados.
Os condutores afirmam que utilizam a moto todos os dias, 8 destes por necessidade de locomoção e 2 para lazer, aponta-se ainda na pesquisa que 4 costumam usar capacete, 5 usam as vezes e 1 não costuma usar.
O carro é utilizado de 2 a 3 vezes por semana, na maioria por lazer, 7 pessoas utilizam o cinto de segurança as vezes, 2 sempre e 1 não utiliza o sistema de segurança.
Pode-se apontar a não utilização dos sistemas de segurança como uma das causas do grande número de acidentes na localidade, alguns com vítimas fatais. Torna-se perigoso para os condutores e demais pessoas da comunidade essa falta de cuidado.
Nunca esqueça que a vida é como uma vela na janela, qualquer vento que der ela pode se apagar.












